sábado, 20 de setembro de 2008

Uma sociedade refém do medo

Sensação de angústia, pânico, impotência, horror. Estes são sentimentos que afligem a todos que já foram assaltados e que em sua grande maioria deixam seqüelas psicológicas irreversíveis. Foi o que aconteceu com a vendedora Carla Moreira da Silva, 32, que foi vítima de assalto seguido de seqüestro. Ao sair da loja onde trabalha na Rua Oscar Freire, duas quadras depois, na esquina da Rua Bela Cintra com a Alameda Tietê no bairro dos jardins em São Paulo, foi rendida por um homem armado que anunciou o assalto, por não portar dinheiro, Carla foi obrigada a entrar em um veículo e depois seguiram até um caixa eletrônico do banco Bradesco, e com seu cartão e senha o bandido não identificado fez um saque de R$ 1.200,00, além da quantia em dinheiro foi levado o celular, cartão de crédito e relógio.
Percorreram varias ruas na tentativa de mais saques em outras agências. Por não haver mais dinheiro disponível, Carla diz ter sofrido agressão psicológica por duas horas com arma apontada para o seu corpo. “Ele dizia que iria me matar durante todo o tempo”, relembrou Carla.
Depois duas horas em poder do seqüestrador, Carla foi deixada no quilômetro 18 da Rodovia Raposo Tavares.
Após o que aconteceu, Carla nunca mais foi à mesma, adquiriu a síndrome do pânico, tem espasmos de medo sem motivo aparente, palpitações, coração disparado, dificuldade para respirar, como se algo terrível fosse acontecer, mudou o horário de trabalho, evita sair à noite, não anda por ruas desertas, vive refém do medo.
A região metropolitana de São Paulo possui 19.223.897 habitantes, ocupando o sexto maior aglomerado urbano do mundo e é a decima nona cidade mais rica do planeta. Diante deste gigantesco contigente humano, a incidência de problemas se torna rotina na vida de quem escolhe viver em grandes cidades, sendo a violência o principal deles. Segundo o Jornalista e editor da reivsta Adital Altamiro Borges, as principais causas da violência está relacionada com a fome e pobreza, decorrente do desemprego, da informalidade e da baixa renda.
Assalto é o tipo de ocorrencia mais comum nos registros das delegacias, segundo estatisticas levantadas pela Secretaria de Segurança Publica de São Paulo no primeiro semestre de 2008 foram registrados 59,094 casos de roubo, contra 54.601 no mesmo periodo de 2007, percebe-se uma elevação nos indices em um tipo de crime que além de perdas materiais deflagam o psicológico das pessoas.
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Por
André Andrade

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