sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Brasil com z, jamais!


Na visão distorcida e deturpada dos diretores e roteiristas gringos em relação ao Brasil, ainda vivemos numa selva cercada por macacos, e os nossos indígenas representam uma nação de hábitos e costumes primitivos.
O nosso idioma deixa de ser o português, e passa a ser o espanhol, já que aqui embaixo somos todos latinos.
O Rio de Janeiro é o paraíso das mulheres de bumbum grande, com corpos perfeitos, seios á mostra e sexo a vontade, pois é essa a imagem que o carnaval desperta lá fora.
A Amazônia é cenário de um filme de terror com seres famintos por visitantes estrangeiros.
O samba e a lambada são os únicos ritmos que fazem parte do nosso repertório musical, e Carmem Miranda foi uma artista que cantava e dançava a cultura de um país desconhecido.
Somos um povo alegre, que não gosta de trabalhar e vive de sombra e água fresca.
Pertencemos a um país sem dono, esquecido no mapa, mas que continua atraindo novos moradores que fazem da nossa terra um refúgio de bandidos e assassinos. Também somos lembrados pela nossa pobreza, violência e desigualdade social, o que não deixa de ser uma realidade.
E o Brasil da mulata e do pandeiro, bonito por natureza, e tema de versos e canções, deixa de ser brasileiro para se tornar uma caricatura no triste olhar dos estrangeiros.


Yrley Morato

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