sábado, 27 de setembro de 2008

A educação que alimenta

O Centro Universitário Sant'Anna, localizado no bairro de Santana, zona norte de São Paulo, influencia o comércio da região. Em época de aula, 9000 alunos consomem e utilizam produtos como doces, salgados, papelaria, roupas, bijuterias, lan houses, entre outros serviços.
O comércio alimentício é o de maior destaque. Variando entre pontos fixos e barracas nas calçadas, os comerciantes dependem do funcionamento da faculdade, pois a maioria não abre em época de recesso escolar.
O sócio-proprietário de um bar/lanchonete, Marcelo Dairel Marquês, 30, está na região há um ano. Abre o ponto apenas no período noturno e em época de aula. Durante o dia é funcionário de uma farmácia, garantindo um salário fixo. Seu irmão, Luciano Dairel, 34, além de sócio do bar, trabalha como gerente de uma loja de calçados e abriu um pequeno estacionamento ao lado na faculdade, como garantia financeira caso não consiga lucrar com a lanchonete, "não sabemos se o bar é promissor, não estamos tendo lucro por ainda pagarmos o ponto", diz Marcelo. Os irmãos arrecadam semanalmente R$ 1500,00 e tem despesas fixas mensais de R$ 1400,00.
Maria Aparecida Bernal, 51, está há um ano vendendo doces caseiros, em uma caixa de isopor, na calçada da instituição. Foi sua filha, estudante da faculdade, quem lhe deu a idéia de vender seus doces ao redoir da UniSant' Anna. Antes, seus doces eram feitos para festas infantis. O valor unitário do doce é R$ 2,00 e ela vende em média 60 unidades por dia. Em época de férias escolares quem mantém a casa é seu marido, que trabalha como mecânico, e sua filha, que é secretária. "Não venho todos os dias, quando venho vendo bem. Gosto dos alunos e fiz amizades com outros colegas que trabalham na calçada", diz a doceira.
Patrícia CristinaThiersh, 33, está há um ano e meio vendendo batatas fritas na calçada. Trabalhava como vendedora em um shopping de segunda a segunda, desistiu de ser empregada montando seu próprio negócio. Diz que o ponto é lucrativo, hoje trabalha menos e tira férias com os alunos. Pensando no futuro paga o INSS para assegurar sua aposentaria.
As instituições de ensino, assim como a UniSant'Anna, não só educam como transformam a vida de muitos que trabalham ao seu redor.


Tatiana Andrade


Alguém viu o Rafinha por aí?

Ao assistir o vídeo intitulado “você conhece o Rafinha?”, recomendado pelo professor da universidade UniSant'Anna, André Rosa, pude refletir sobre a realidade cotidiana da tecnologia em nossas vidas e, ao mesmo tempo, entristecer-me com tamanha dependência dessa era digital.
Nasci na década de 70 onde crianças brincavam na rua, tinham amigos “reais” e contentavam-se com seus brinquedos sem fala e movimentação, com bicicletas, jogos de botão, puzzles, amarelinha, entre outras brincadeiras manuais. Qual criança não se machucava correndo, brincando, dançando? E hoje? O que temos?
Hoje vemos crianças cada vez mais maduras e dependentes de tal tecnologia, seus brinquedos foram substituídos por vídeo-games portáteis, computadores e diversos outros utensílios eletrônicos. O machucado na perna foi substituído por emoções artificiais criadas virtualmente. A ingenuidade da infância é perdida precocemente, pois os pais não conseguem mais competir com a televisão e internet. As crianças acessam sites e assuntos que, muitas vezes, são avançadas para sua idade.
Claro, não posso ser tão negativa e pessimista, a tecnologia trouxe diversas praticidades para a vida humana, substituímos pesadas máquinas de escrever pelo computador, que nos permite apagar, refazer e escolher fontes e formatos para nossos textos, temos telefones sem fio, a internet (santa internet, para quem sabe usá-la) nos permite buscar novos conhecimentos pelo mundo afora, celular, microondas, máquinas de lavar roupas com várias opções de lavagens, ferros de passar roupas com sistemas inteligentíssimos. Uau, isso é legal! Não conseguimos viver mais sem essa praticidade, essa tecnologia. Porém, tomemos cuidado ao substituir nossas emoções humanas pelas virtuais, o contato com o próximo pela máquina e, acima de tudo, esquecer que somos humanos e precisamos resolver tantos outros problemas sociais, econômicos, políticos que o computador não resolve por nós.

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Tatiana Andrade
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Clique aqui para assistir o vídeo do Rafinha

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Luz no fim do túnel: assaltos na região central podem acabar com ajuda dos moradores

Batedores de carteiras, usuários de drogas e prostitutas são comuns no bairro da Luz, região central de São Paulo. Em meio ao caos social, existem moradores, de diversas idades, que estão sofrendo com o aumento de assaltos. Acostumados ao descaso, são descrentes da segurança na região.
Sizuko Marui, 73, mora há 30 anos no bairro e diz não se amedrontar com a situação. Foi assaltada há pouco mais de três meses, no período da tarde, entrando num salão de beleza na rua onde reside. Os ladrões levaram sua carteira num único puxão, ela não teve tempo de reagir e contenta-se de não ter visto nenhuma arma. “Isso é geral, já me acostumei e não saio de casa depois das seis”, diz. Sizuko não procurou a polícia, alegando que levaram apenas dinheiro. Acha que deveriam ter câmeras em todo o centro, filmando atitudes e pessoas suspeitas.
Jean Claud Caravelas Faria Marques, 15, há 20 dias voltava para casa às 12h25 e foi assaltado por três homens. Bem vestidos e sem arma, o abordaram, levando sua mochila com o material escolar e carteira, pulseira, relógio, celular e boné. “De longe não pareciam assaltantes, só quando cheguei perto percebi que seria assaltado.” O adolescente só procurou a polícia após cinco dias, na esperança de terem achado seus documentos e material escolar. Seu pai, Paulo César de Alencar Freitas, 46, diz ter sofrido tentativa de assalto quando saia para trabalhar de madrugada. A família, que não pensa em se mudar, reside há menos de dois anos na região e tem parentes que moram há mais de duas décadas, que também passaram por situações parecidas.
A assessora de imprensa da Secretaria da Segurança do Estado, Tatiane Brito, diz não ter uma estatística de assaltos e furtos por bairro: “A secretaria fornece somente a estatística geral da cidade de São Paulo”. Ela informou que a assessoria atende somente os veículos jornalísticos e orientou a procura dos Consegs - Conselhos Comunitários de Segurança para informações de cada bairro.
Os Consegs são grupos de pessoas que residem no mesmo bairro ou município que se reúnem para discutir, planejar e acompanhar soluções de problemas comunitários ligados à segurança. Em parceria com a polícia civil e militar usam estratégias como rádio-comunicadores, visitas de policiais às residências, capacitação de funcionários de condomínios, distribuição de cartilhas e palestras sobre violência e trânsito.
O sargento Leme, da central de atendimento dos Consegs informou que um líder comunitário, que tenha interesse para representar todos os moradores, é eleito pela comunidade que representará. A eleição ocorre na presença de um delegado de polícia titular, um comandante de polícia militar da região, outros representantes dos poderes públicos, associações, clubes, comércio e indústrias que atuam no bairro.
A criação deste órgão tem a intenção de aproximar os moradores e a polícia. Suas ações estão relacionadas aos níveis sócio-econômicos de cada bairro. Por não recebem verbas públicas, têm autonomias para captar recursos para melhoria da segurança.
Além do líder comunitário, o delegado e comandante ficam responsáveis pela representação do Conseg de cada bairro ou município, tendo presença em todas reuniões mensais com os moradores.
Luiz Alberto da Silva, presidente do Conseg Sé Arcadas, diz que o erro da população é não registrar as ocorrências e não participar ativamente das reuniões, por isso, justifica a falta de estatística de assaltos e homicídios da região. “As pessoas só cobram alguma coisa do Conseg quando são assaltadas. Somos criticamos pelo que não fazemos, mas não querem saber o que já foi feito”. Seus principais projetos junto à Secretaria de Bem-Estar Social é tirar os albergues da região central, evitando moradores de ruas e usuários de drogas. “Eles vem de outros bairros, não são do Centro, mas criam os problemas por aqui.” Alerta que a população deve andar sempre atenta a tudo, não sentir total confiança nos lugares onde andam.
Silva informa que mensalmente realiza as reuniões do Conseg com o delegado da região e todo morador ou trabalhar da região é bem-vindo, podendo opinar e registrar os fatos que, nem sempre, a polícia fica sabendo. O objetivo é assegurar que cada cidadão da região possa morar e caminhar com segurança nas ruas centrais.



Mais informações:
CONSEG - Conselho Segurança Comunitária
Telefone: (11) 3291-6544
http://www.conseg.sp.gov.br/conseg/default.aspx
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Tatiana Andrade
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Guerra dos Sexos

Reconhecendo as grandes dificuldades passadas pelas mulheres, como os preconceitos sociais, religiosos e profissionais. É justo dizer que emancipação feminina trouxe também mais brilho a sociedade, lembrando que há décadas atrás não tínhamos direito ao voto e ao livre arbítrio social.
A mulher nesse tempo tinha como principal função, a procriação e a quietude verbal, agora pensa e pratica o contrário. É manipulada em várias circunstâncias, mas fugiu de muitas regras arcaicas, isso quando refletimos as sociedades ocidentais, onde existe pouca censura na mídia. A televisão, por exemplo, é liberada.
A contestação a esse novo comportamento deve permanecer diante daquilo do que conhecemos como feminismo. Discutir idéias políticas e filosóficas buscando e provocando conquistas por direitos de igualdade, principalmente quando esta oprime o ser humano, desrespeitando ou ignorando sua dignidade, pode e deve ser considerada uma prática sadia, admirável, principalmente, necessária como na sociedade oriental. O problema é quando essa manifestação se rotula ou se mascara com a superioridade perante o homem, integrante da sociedade machista, até então combatida como errada. Trava-se uma luta sem regras, onde os que deveriam ser companheiros, viram inimigos.
Longe das mentes libertárias de Pagu, Chiquinha Gonzaga e Leila Diniz, eternizadas e saudosas mulheres, a “super mulher, tornou-se alvo de balas consumistas. Hoje é vorazmente cobrado dela sua competência dentro de casa e na profissão. Essa cobrança parte não só da sociedade, mas de si próprias e são várias expectativas a cumprir. O marido a deseja atraente e atenciosa, o empregador: eficaz e engajada. Independente da figura paterna também estar presente no mercado de trabalho ela não é colocada em questão e o sentimento de culpa fica como mais uma carga atribuída à mulher, quando esta tem filhos, que por não ter tempo suficiente de exercer seu papel sensível e predestinado de mãe, se vê de eufórica por participar desse processo de emancipação, à angustiada por tantas tribulações do dia a dia, isso quando o “projeto” não é adiado. Hoje em dia é comum o número de mulheres que protelam a maternidade em busca da ascensão profissional.
Se a discussão fosse só financeira, eles ainda ocupariam melhor posição, pois, essa luta das mulheres persiste. Desempenham a mesma função do homem, mas continuam ganhando menos.
A produção desta nova subjetividade feminina, propagada pelos meios de comunicação, só aumentou seu campo de visão, tendo em vista que essa noção de usar seus próprios sentidos, seu tempo, já foi abandonada primeiramente pelos homens, a mulher estabeleceu-se na imitação de um padrão já instituído.

Mariana Guedes

De quem é a culpa?


Já escutamos falar que o profissional da mídia tem semelhanças com os advogados. Os doutores pensam que são Deus, mas os jornalistas têm certeza. E com tanta confiança, quais critérios adotaremos para buscar qualidade de informação?
A vaidade que assola a mente da maioria dos comunicadores pode ser notada com mais facilidade pelo simples e óbvio fato de ser exercida publicamente, porém, não significa ser maior que o mesmo “pecado capital” do leitor. É da responsabilidade não só do divulgador de notícias verificar o impacto do material transmitido, mas de quem recebe também. Esse receptor deve se desprender de hábitos empobrecidos, como o de desejar tudo pronto para depois repetir como um discurso próprio e muito bem pensado.
Antes de buscar informação ou até mesmo formar opinião, o leitor deve se basear na sua intelectualidade ou até mesmo na sua experiência de vida.
A mídia não faz vítimas sozinha, ela precisa alimentar-se da tal ignorância que tememos admitir que existe. Acho engraçado, quando ela é acusada de falta de ética ou moral? Falemos então um pouco delas, inclusive atualmente tão banalizada. Ainda que alguns veículos não tenham ou se meçam diante de tais questões, desde quando um erro justifica o outro? Se você matou, eu também posso?
Quando a manipulação midiática se faz presente, a verbalização de acordo com os interesses da empresa ameaça, devemos aceitar e vitimizar-nos diante do incêndio que tínhamos como opção não participar?
Tem também, as constantes criticas a Internet. Sim, é leitura rápida (às vezes) no corpo de alguns textos existem erros de português, sabe-se sempre dos últimos acontecimentos, mas a origem ou o desenrolar da história nem sempre vem acompanhado por links “leia mais”. Só que existem uma gama de veículos a serem escolhidos, e hoje até os mais cults são digitalizados. Quem sabe podemos dizer até que o utópico e permissivo à conquista da sonhada própria opinião, talvez exista.
Ainda que a poderosa mídia direcione mensagens a um público “indiferenciável”, cada um possui seu poder de escolha, seu nível de fragilidade ou de resistência.

Mariana Guedes

Comparando grandes obras


Nada mais envolvente do que rodar um filme político social em forma de sátira. "Obrigado por fumar" já vem causando impacto pelo próprio título que desperta atenção, o que toda grande publicidade busca.
A brincadeira em questão, revela fundos de pura verdade, polemizando a importância da mídia na formação da opinião de massa e de quebra, tira sarro do comércio do tabaco, aproveitando para colocar o da bebida e das armas na fogueira. Os atores mais vistos em filmes de fácil compreensão mostram todo seu talento ao transmitirem mensagens que provocam a estabilidade social.
Além do poder da propaganda já comentado, outro ponto interessante é a participação do consumidor que como um ser pensante pode dizer não ao malefício do tabaco, mas prefere ser tratado como objeto, exercendo o papel do principal investidor das “máfias”. Falando em vício, sempre questionei o por quê do tão citado relaxamento que o cigarro provoca, ao tê-lo em seus dedos você pode se acalmar não pela substância, mas pelo fato de encontrar posições confortáveis que inclusive se tornaram charmosas pelas imagens exibidas por filmes e novelas. Em um roda de conversa, sem o tal “canudinho” ou “copinho”, seja esperado uma suposta autenticidade e essa expectativa causa tensão. Assim como todas as drogas o cigarro é entorpecente como a paixão e por sua vez quem não a deseja? Argumentos politicamente errados são usados, porém, maquiavélicos o suficiente para se tornarem agradáveis e eficientes para a associação defendida publicamente. Muito diferente observar que a moral familiar do filme existe, mas não toma conta da trama, ela é considerada, mas não desencadeia nenhum sentimentalismo exacerbado, deixando de lado o conteúdo piegas, tão usado por filmes norte-americanos.
Falando na arte da argumentação, podemos citar: “Doze homens e uma sentença”, que vem merecendo carregar o peso de ser um clássico e imperdível filme do cinema da década de 50. Obra cinematográfica primorosa, uma escola com a missão de ensinar discursos irretocáveis, embasados, daqueles difíceis de contestar ou discordar. Ao contrário de “Obrigado por fumar” a obra vem como drama, o que proporciona mais emoção e talvez reflexão aos princípios do julgamento e do ato de decidir por si próprio, realizando investigações sensatas e responsáveis. O mais brilhante na saga, aparentemente parada é a coragem de um ser humano ao lutar pela verdade, diante do que parece impossível.
Apesar dos gêneros diferentes os filmes demonstram forte capacidade de mexer com os calos da sociedade, insistentemente ignorados, a liberdade de escolha e a responsabilidade pelos seus atos.

Mariana Guedes

Brasil com z, jamais!


Na visão distorcida e deturpada dos diretores e roteiristas gringos em relação ao Brasil, ainda vivemos numa selva cercada por macacos, e os nossos indígenas representam uma nação de hábitos e costumes primitivos.
O nosso idioma deixa de ser o português, e passa a ser o espanhol, já que aqui embaixo somos todos latinos.
O Rio de Janeiro é o paraíso das mulheres de bumbum grande, com corpos perfeitos, seios á mostra e sexo a vontade, pois é essa a imagem que o carnaval desperta lá fora.
A Amazônia é cenário de um filme de terror com seres famintos por visitantes estrangeiros.
O samba e a lambada são os únicos ritmos que fazem parte do nosso repertório musical, e Carmem Miranda foi uma artista que cantava e dançava a cultura de um país desconhecido.
Somos um povo alegre, que não gosta de trabalhar e vive de sombra e água fresca.
Pertencemos a um país sem dono, esquecido no mapa, mas que continua atraindo novos moradores que fazem da nossa terra um refúgio de bandidos e assassinos. Também somos lembrados pela nossa pobreza, violência e desigualdade social, o que não deixa de ser uma realidade.
E o Brasil da mulata e do pandeiro, bonito por natureza, e tema de versos e canções, deixa de ser brasileiro para se tornar uma caricatura no triste olhar dos estrangeiros.


Yrley Morato

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O bem e o Mal



“O bem é indefinível, não analisável..”
G.E.Moore

“O bem é como algo indefinível e mutável, porque não é único.”

A religião é a representação de uma doutrina que prega o bem, a santidade e a pureza nas ações.
O catolicismo incentiva a boa conduta e o exercício da fé, e os padres como representantes sacerdotais, orientam a prática do bem. Apesar disso, é cada vez mais freqüente o número de casos de pedofilia envolvendo líderes católicos.
Da mesma forma que alguns pastores evangélicos abominam a maldade e a imoralidade, como ameaça de castigo e não salvação depois da morte. Entretanto, corrompem e exploram seus fiéis, por motivos não condizentes ao seu discurso religioso.
Esses casos exemplificam uma conjunção entre o bem e o mal.

“O bem é o contrário do mal.”
Judas que era discípulo de Jesus, beijou a sua face para entregá-lo à Pilatos e a condenação de um povo que o julgava mentiroso.

Adão e Eva viviam num paraíso cercados por uma beleza natural, mas foram atentados pelo proibido e ao comerem a maçã que simbolizava o pecado, o bem santo foi quebrado.

“O bem e o mal andam lado a lado.”
Imaginemos que o bem e o mal fossem adversários num campeonato de atletismo:
O bem larga na frente, mas o mal é insistente e corre para alcançá-lo. Num descuido e numa fraqueza ao olhar para trás, o bem tropeça e cai.
O mal aproveita a oportunidade e vence a corrida.
Vamos imaginar agora o contrário:
O mal está na frente, mas o bem segue o seu caminho tentando o melhor desempenho. Quando é alcançado pelo bem, o mal é surpreendido e descontente usa toda a sua forças para ultrapassá-lo. Mas o bem é perseverante e ignora qualquer tipo de ameaça, continuando assim na disputa.
Então, o bem chega primeiro e abraça a fita de chegada.

“Talvez o bem seja a definição do amor, e o mal a ausência dele.”
A rosa pode ser a representação do bem e do mal. Na sua beleza delicada e frágil estão as pétalas com uma cor atrativa e perfume angelical. Ao tocá-la, esquecemos dos espinhos que fere e machuca podendo até sangrar.

“O bem e o mal são próximos um ao outro, mas diferentes entre si”.
A falta de referência do bem pode fortalecer o mal e causar danos.
Ao arremessar uma criança inocente da janela de um prédio, o criminoso é induzido pela vantagem do mal sob o bem sem se preocupar com as conseqüências. A conduta do mal prevalece sem amor, nem piedade.

“Creio que o bem seja:
O céu, o sol, a luz, o amor e
a imensidão. E o mal:
O inferno, a tempestade, a escuridão, o ódio e
a solidão.”


Yrley Morato

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Consumismo universitário


O mercado universitário vende noites quentes em baladas ao som de músicas com temas variados desde “Creu”, até “Cada um no seu quadrado”. É comum encontrarmos bares situados ao lado de universidades com as mesas e cadeiras ocupadas, contrastando com a ausência dos alunos nas salas de aula.
O modismo universitário faz com que tudo acabe em pizza.
As danceterias atraem a atenção dos jovens com efeitos luminosos, músicas empolgantes, que bebem até o último centavo pagando altas tarifas numa noite, com o dinheiro muitas vezes bancado pelos pais. Com as micaretas, os Shows de música eletrônica e as “baladinhas” nem a Lei Seca dá jeito!
É inegável a satisfação de uma reunião entre amigos, numa conversa acompanhada de um copo de cerveja, ou uma taça de vinho, mas é indispensável enxergarmos que o consumismo e o modismo exacerbado nos ataca numa “contra-cultura”, já que os efeitos são perceptíveis nos baixos índices apontados nas avaliações das universidades.
O acesso ao ensino superior não é pra todos, embora seja um mito achar que ser universitário hoje significa status. Então o ideal é utilizarmos das vantagens e das oportunidades que temos, para elevarmos o grau de ensino e do conhecimento, transmitindo assim a nossa mensagem.
Que atire a primeira pedra quem nunca saiu de curtição, ou nunca precisou extravasar? Mas é importante conhecer os seus limites e beber também da sabedoria, pra não ter dor de cabeça e esquecimento depois. Entretanto, a geração "Coca-Cola" que faz da faculdade um Shopping Center, gosta mesmo é de beber, cair e levantar.


Yrley Morato

Leia Mais:

Qualquer Coisa Universitária

http://www.covildoorc.wordpress.com/

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Reserva de Chico Mendes é tomada pelo gado


Com apenas um fiscal do IBAMA a reserva que leva o nome do defensor da floresta, Chico Mendes, no Acre, é invadida por quase 10 mil cabeças de gado e o desmatamento chega a 6,3% da área total, segundo dados da SIPAM (Sistema de Proteção Amazônica).
Além das queimadas, dos ataques ás seringueiras pelos pecuaristas, o rebanho chega a 8.431 cabeças de gado, impossibilitando o trabalho do único fiscal José Carlos Nunes Silva, que tenta conter o avanço da desagregação da floresta.
Após 20 anos do assassinato de Chico Mendes, o desmatamento alcança níveis alarmantes numa área que deveria ser de reserva e conservação.

Yrley Morato


Leia mais:
Gado avança em reserva Chico Mendes
Folha Online



http://http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u447194.shtml




Lula pede voto para Marta na periferia


Neste sábado, dia 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um comício na campanha da candidata do PT Marta Suplicy, no bairro da Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo, no intuito de conquistar o voto de novos eleitores.
Segundo a última pesquisa do Datafolha nas proximidades das Av. Inajar de Souza e General Penha Brasil, se concentra o eleitorado que não votaria na Marta, fazendo com que ela perdesse 9 pontos percentuais nessa região da periferia. Entretanto, a candidata continua na frente dos seus concorrentes Geraldo Alckimin e Gilberto Kassab, mesmo nos bairros onde a sua pontuação caiu nas pequisas.
Com a presença de Lula e dos governadores do Ceará Cid Gomes e do Sergipe Marcelo Deda, Marta apostou na empatia do presidente e de seus aliados para recuperar os pontos perdidos e tentar se reeleger como prefeita da cidade. Estima-se que 8.000 pessoas assistiram ao comício.

Yrley Morato


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domingo, 21 de setembro de 2008

Metrópoles Cruéis

O mundo capitalista é mecânico, cruel e egocêntrico, numa busca desenfreada por acúmulo de bens ou mesmo para adquirir o mínimo para subsistência, às pessoas se esquecem que aquele motoqueiro apresado, o motorista do carro ao lado, do ônibus, do caminhão ou os milhares que se acotovelam no metro, são seus semelhantes com sentimentos, sonhos, emoções e em sua grande maioria se tratam como se fossem obstáculos que devem ser rompidos pela corrida de uma vida agitada e estressante, vivida por quem escolhe viver em grandes cidades.
Segundo estatísticas, atualmente 80% da população brasileira são urbanas, nas ultimas décadas vimos um rápido e voraz crescimento desordenado dos grandes centros urbanos, que trouxe inúmeros problemas amargados principalmente pela população de baixa renda, com o alto preço dos imóveis, estas pessoas são empurradas para o submundo das periferias, formando aglomerações humanas miseráveis (favelas) que de humano não tem nada, sem o mínimo de infra-estrutura como: rede de esgoto, água encanada, assistência médica, transportes etc.
A baixa escolaridade, incapacitação profissional e a falta de oportunidades, disponibilizam a estas pessoas como única fonte de refúgio na busca pela sobrevivência, os depósitos sanitários (os lixões) e o lado sombrio desta realidade é que muitos deste se alimentam de restos de comida em decomposição. Infelizmente está é uma triste realidade das metrópoles de países em desenvolvimento, onde pessoas se camuflam nos dejetos do lixo urbano e são estereotipadas pela sociedade como vermes que consomem o que não lhe é mais necessário, vagueiam pelas ruas e avenidas com suas mansões e edifícios luxuosos que invocam uma superioridade triunfante.
A desigualdade social mostra seus reflexos, onde o luxo e a miséria, o fútil e o necessário vivem lado a lado numa arquitetura urbana real e que os veículos de comunicação em suas belas produções áudio visuais, evidencia apenas a face radiante do poder capitalista.
Por
André Andrade

sábado, 20 de setembro de 2008

Amizade, O Melhor Remédio

Uma sensação de vazio, saudade, falta, silenciam o interior, você não precisa estar necessariamente sozinho para se sentir só, de que adianta uma infinidade de pessoas a sua volta, sejam os colegas no trabalho, os vizinhos do bairro ou os amigos do clube, se muitas vezes nem se comunicam, não são capazes de olhar nos olhos, temos a necessidade de ter alguém que nos conheça e nos entenda, que nos envolva de cuidados, um confidente leal para dividir os bons e maus momentos.
Pesquisas comprovam que a falta de amigos causa diabetes, inflamações, contrações dos vasos sanguíneos e pode até matar, segundo a psicóloga e pesquisadora da Universidade de Chicago Louise Hawkley uma boa amizade é o melhor remédio para todos estes males. A falta de bons amigos reage sobre o cérebro que envia sinais elétricos pelo sistema nervoso que desativa grupo de genes responsável por regular a produção de Cortisol (o hormônio do stress) que por sua vez é liberado de forma desordenada, espalha-se pelo corpo e provoca inflamações, formação de barreiras nas extremidades da corrente sanguínea, dificultando o fluxo.
O que importa não são a quantidade e sim a qualidade, um único e grande amigo pode ser a cura e prevenção para todas estas moléstias. Mãos entrelaçadas, um ombro emprestado, uma brincadeira no parque, um desabafo, está comprovado é revigorante. É preciso aprender a se relacionar socialmente para sobreviver, como diz o cardiologista do INCOR Miguel Moretti “quando você se sente bem com as pessoas que estão perto de você, isso libera no organismo uma serie de reações, hormônios, substâncias neurológicas que vão melhorar o seu bem estar e sua capacidade de regeneração, de estar disposto”.
A solidão é o maior mal que pode fazer o nosso coração sofrer, portanto, doe-se como amigo sincero, honesto, dedicado, presente, autêntico e divertido e esteja certo de que terá verdadeiros amigos, um abraço sincero, um carinho, um olho no olho, uma troca de confidências e respire leve, o coração agradece.
Por
André Andrade

Uma sociedade refém do medo

Sensação de angústia, pânico, impotência, horror. Estes são sentimentos que afligem a todos que já foram assaltados e que em sua grande maioria deixam seqüelas psicológicas irreversíveis. Foi o que aconteceu com a vendedora Carla Moreira da Silva, 32, que foi vítima de assalto seguido de seqüestro. Ao sair da loja onde trabalha na Rua Oscar Freire, duas quadras depois, na esquina da Rua Bela Cintra com a Alameda Tietê no bairro dos jardins em São Paulo, foi rendida por um homem armado que anunciou o assalto, por não portar dinheiro, Carla foi obrigada a entrar em um veículo e depois seguiram até um caixa eletrônico do banco Bradesco, e com seu cartão e senha o bandido não identificado fez um saque de R$ 1.200,00, além da quantia em dinheiro foi levado o celular, cartão de crédito e relógio.
Percorreram varias ruas na tentativa de mais saques em outras agências. Por não haver mais dinheiro disponível, Carla diz ter sofrido agressão psicológica por duas horas com arma apontada para o seu corpo. “Ele dizia que iria me matar durante todo o tempo”, relembrou Carla.
Depois duas horas em poder do seqüestrador, Carla foi deixada no quilômetro 18 da Rodovia Raposo Tavares.
Após o que aconteceu, Carla nunca mais foi à mesma, adquiriu a síndrome do pânico, tem espasmos de medo sem motivo aparente, palpitações, coração disparado, dificuldade para respirar, como se algo terrível fosse acontecer, mudou o horário de trabalho, evita sair à noite, não anda por ruas desertas, vive refém do medo.
A região metropolitana de São Paulo possui 19.223.897 habitantes, ocupando o sexto maior aglomerado urbano do mundo e é a decima nona cidade mais rica do planeta. Diante deste gigantesco contigente humano, a incidência de problemas se torna rotina na vida de quem escolhe viver em grandes cidades, sendo a violência o principal deles. Segundo o Jornalista e editor da reivsta Adital Altamiro Borges, as principais causas da violência está relacionada com a fome e pobreza, decorrente do desemprego, da informalidade e da baixa renda.
Assalto é o tipo de ocorrencia mais comum nos registros das delegacias, segundo estatisticas levantadas pela Secretaria de Segurança Publica de São Paulo no primeiro semestre de 2008 foram registrados 59,094 casos de roubo, contra 54.601 no mesmo periodo de 2007, percebe-se uma elevação nos indices em um tipo de crime que além de perdas materiais deflagam o psicológico das pessoas.
Assita ao Video.
Por
André Andrade

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Crescimento Virtual

A recente pesquisa da comScore, realizada no mês de agosto apontou o crescimento das buscas on line acessadas por intermédio do site Google com a participação de 63% do total. Este resultado mostra a liderança do site no mundo virtual e desponta como a melhor dos últimos cinco meses.
A divulgação da análise que aconteceu na última quinta-feira (18) informou a posição de outros importantes portais como: Yahoo, Microsoft e Aol da Time Warner.
Esse crescimento dos acessos ao Google tem provocado barulho entre os concorrentes a ponto de reclamarem com os responsáveis reguladores dos EUA e da Europa.
Saiba mais:
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Mariana Guedes

A abstinência da Fé

Este ano, o Ramadã acontece de 01 a 29/9/2008. Mais de 1,3 bilhão de mulçumanos estão em jejum do sol nascente ao poente. O Ramadã comemora as revelações do anjo Gabriel ao profeta Maomé (Mohamed), dando origem ao Alcorão, livro sagrado Islâmico.
Neste período, entre as 04h40 às 18h10, os fiéis provam sua fé deixando de comer, beber, fumar e praticar relações sexuais.
O islamismo é baseado em cinco pilares fundamentais e definidos:
1- Chahada ou Shahada: A recitação e aceitação do credo (Não há outro deus além de Deus).
2- Salat ou Salah: Orar cinco vezes ao longo do dia. As orações podem ser feitas em qualquer lugar, desde que seja limpo e que esteja direcionada no sentido da cidade de Meca na Arábia Saudita, cidade natal do profeta Maomé.
3- Zakat ou Zahah: Doar áo próximo 2,5% de sua renda. Para o islã toda riqueza humana é oriunda a Deus (Allah). Aos que tiveram sorte do benefício da riqueza, deverão ajudar aos menos favorecidos. O não pagamento do zakat é entendido como pecado e será julgado no Dia do Juízo.
4- Ramadã ou Ramadah: Abstinência de comida, bebida, cigarro e sexo no mês sagrado.
5- Hajj ou Hadj: Peregrinação à cidade santa de Meca. Considerado como o último dos cinco pilares islâmico, sendo obrigatória pelo menos uma vez na vida para todo o muçulmano adulto, desde que este disponha dos meios económicos e goze de saúde.
Os idosos, crianças, doentes e mulheres grávida são dispensados do jejum, mas devem fazê-lo em outro momento ou alimentar pobres durante o período do Ramadã.


Leia mais:
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Tatiana Andrade
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Turbulências no mercado de ações


O que lançou uma nuvem negra no mercado ações esta semana foi o anuncio da quebra do banco Lehman Brothers, que derrubou drasticamente por dias consecutivos as bolsas de todo o mundo, como uma pista de mão dupla o dólar seguia em alta.
A bolsa de valores de São Paulo (Bovespa), teve hoje um dia histórico, chegando próximo aos 10% de aumento o que não se via desde de 1999, fechando aos 53.055 pontos com uma alta de 9,57%, quase superando todas as perdas do mês. O novo plano dos EUA de um pacote de injeção de “centenas de bilhões de dólares” na economia impulsionou positivamente as bolsas de todo o mundo, depois do o que muitos chamaram de a semana “Maldita”, amenizou o pessimismo com uma expressiva recuperação.

Fontes:

André Andrade


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sócrates, um militar em defesa da Amazônia


Na noite de terça-feira, 12 de agosto, no Terminal Rodoviário do Tietê, Sócrates Aguiar Gontijo da Silva Faria, militar do Batalhão de Aviação do Exército (BAVEX), tocava sua guitarra vermelha recém-adquirida, enquanto aguardava mais um dia para prosseguir viagem até Manaus/AM, onde permanecerá de três a quatro anos fazendo parte da "Operação Poraque".
Hospedado num Hotel por dois dias, Sócrates morava em Belo Horizone/MG e veio a São Paulo no intuito de reduzir o custo da passagem aérea até Manaus.
Aos 14 anos de idade decidiu morar sozinho, hoje é casado e tem um filho de dois anos.
Já viveu em diversas capitais do país, por causa de seu trabalho; cursou a Faculdade de Direito em Varginha/MG, porém não concluiu, devido ás mudanças constantes de cidade. Convicto em sua decisão de proteger e defender a região da Amazônia, além de prestar serviços sociais, deixou a mulher e o filho em Belo Horizonte.
Empenhado na causa da Amazônia, ressaltou sobre a importância de se ministrar nas escolas e Universidades sobre a conscientização, conservação e valorização das áreas da floresta, considerando um dever de todos, não só das Forças Armadas, proteger e recuperar o que ainda resta da natureza, flora e fauna Amazônica.



Yrley Morato