Já muito comentado por estudiosos do assunto, os termos “comunicação de massa” ou “sociedade de massa”, podem significar a criação de informações para uma coletividade indiferenciável de indivíduos, ainda que venham de ambientes diferentes. Agindo da mesma forma e por falta de tempo, devido à integração total do sistema de consumo, não vivem de acordo com sua essência e, simplesmente existindo, vão se desapegando das tradições, tornando-se facilmente manipulados de diversas formas.
A mídia conhecida também por quarto poder, apesar de mudar na maioria das vezes de posição chegando ao primeiro, é forte, pois com sua capacidade de propagação agenda (agenda-setting) conteúdos específicos que comprados, fazem a mente do “grande público” e determinam comportamentos.
Outro meio a ser citado como agendamento, é o esquema de educação, que antigamente ensinava os primeiros princípios ao ser humano em casa. Agora os pais preocupados em manterem seus filhos em padrões sociais estabelecidos, principalmente os de classe média e alta (os de classe baixa não tem muita opção), transferem a responsabilidade às escolas, entre outras instituições que possuem valores também ligados ao consumo.
A maior parte da rede de ensino escolar, inclusive as públicas, não promove aspectos sócio-construtivistas que visam o método de aprendizado por reflexão, mas sim o da repetição, e de forma técnica, vai ensinando nossas crianças por memorização, o que não proporciona necessariamente o entendimento.
Criam-se lacunas e a maioria dos meios de comunicação vão trabalhando em “solo fértil”. A falta de “capacidade” de uns ou estímulo dispensado a estes, é o pão de outros.
O senso crítico que em menor escala existe e resiste, não chega a provocar revoluções, uma vez que a cultura genuína é duramente sufocada e desvalorizada.
Mariana Guedes
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