sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A estética televisiva


Ainda me lembro da época da TV preto e branco, revestida numa caixa de madeira com botões de controle dispostos na lateral e mesmo nesse período, ela já representava a modernidade. Nessa época era comum a venda de porta em porta de telas transparentes coloridas, parecidas com um arco-íris que se encaixavam na frente do visor, sugerindo e antecipando a TV colorida.
Gostava de responder boa noite para o Cid Moreira quando ele encerrava a apresentação do Jornal Nacional e o meu pai foi culpado por isso, por eu gostar da programação da Rede Globo, mas confesso que atualmente ele assiste aos jornais de outros canais e é muito crítico com relação aos programas de entretenimento, mas continua fiel ao JN hoje apresentado pela Fátima Bernardes e o seu esposo. Novelas famosas como a da viúva Porcina de Roque Santeiro, Vale Tudo, Terra Nostra e a pergunta que persiste até hoje: “Quem matou Odete Roytman?”, são ficções baseadas na vida real que realmente fazem parte da rotina da maioria dos brasileiros, que não perdem por nada o último capítulo.
Atualmente, as TVs já não são mais as mesmas vendidas em diversos tamanhos e espessuras, tons prateados, designer futurista, teclas discretas, tela digital, conta ainda com acessórios de controle remoto, áudio similar ao do cinema, transmitida até em aparelho celular.
A televisão tem um espaço reservado na sala, em ambientes de bares, restaurantes, clínicas, hospitais, hotéis e até em grandes empresas. Ela serve de companhia muitas vezes, mas o que é questionável são os efeitos dessa superexposição, que aliena e condiciona o indivíduo a ser passivo às suas imagens e informações, que visam os interesses da emissora e do IBOPE.
É perceptível as alterações e influências da TV no comportamento e no cotidiano das pessoas, por facilitar o acesso as informações e por adentrar nas casas com opiniões positivas e negativas que direcionam e induzem a sociedade a querer se espelhar no que vê e assiste.
Porém, temos como limitar o exagero e as más influências, evitando e principalmente analisando o conteúdo das informações e imagens emitidas, fazendo uso do controle remoto, que muda de canal ou simplesmente desliga o que é considerado impróprio, ou de mau gosto.


Yrley Morato

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